quarta-feira, 30 de abril de 2014

Se uma Borboleta:

Se uma borboleta pousar na tua janela
foi a minha alma que se metamorfoseou
para poder voar,e chegar até ti
e no silencio das tuas palavras
ver alegria que há no teu olhar-me
esperarei por ti,na suave brisa do entardecer

por ukymarques:
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domingo, 27 de abril de 2014

Fazes do meu corpo murada:

Fazes do meu corpo murada
só para teres onde pernoitar
onde chegas cansado
em passos lentos,no vazio,
do meu silencio
nas altas esferas da madrugada
onde o meu corpo flutua,num leito
vazio,onde não corre um rio
vendo os meus sonhos espalhados
pelo chão
nos sulcos do tempo,onde antes ardias
como um vulcão,em magmas da paixão
juras de amor feitas sem convicção
sussurradas aos meus ouvidos,em doces,
delírios
e eu te ouvia,com muita atenção,como se fosses
um sultão,assim eu te entreguei o meu coração
hoje eu sofro,em agônicas incertezas de ser por ti amada

por ukymarques:
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quarta-feira, 23 de abril de 2014

Fim de Tarde

Agitam-se-me os  lábios num tremor de pétalas de rosas vermelhas
no bulício dum coração ansioso,na quietude da tarde mansa,
nos odores inebriantes do jardim,enquanto desfolho uma margarida
em bem me queres bem,ou mal me queres,vagueiam-me os olhos pela
imensidão dum céu rubro, reflexos dum por de sol apaixonante
enquanto as abelhas trabalham arduamente,pousando de flor em flor
extraindo-lhes o precioso néctar,num zumbido ensurdecedor,um melro,
pousa à beira da piscina,mais o amigo gaio,nas suas vestes verdes,
matando a sede em pequeninos goles,dou uma volta pelo jardim, quedando-me `
à beira,de uma laranjeira em flor,fascinada com o vem e vem, das borboletas
dardejando à sua volta, tão delicadas e coloridas,parecem vestidas de seda
entro em casa, para preparar uma chávena de chá de jasmim,o meu preferido
e pegar num livro,para me sentar a ler um pouco
num banco, que fica por de baixo do pinheiro manso, logo á entrada do portão
principal da casa, a gozar as delicias, de um fim de tarde quase aninhar-se nos braços
da noite,não consegui embrenhar-me na leitura
estava um fim de tarde, mais convidativo ao deixar-me ao abandono de mim,fechar os olhos
e deixar-me levar,ao sabor da minha imaginação, há como é bom viajar assim, transportados
sem o roncar dos motores dos carros,ou do barulho do comboio nos carris,sem as oscilações
dos aviões, ao encontrar poços de ar por esses céus afora,andei por tantos lugares diferentes
num espaço tão curto de tempo,vi tantas coisas interessantes,que as guardei bem guardadas
dentro de mim,por fim adormeci,sem dar conta que o dia tinha morrido lá ao longe,e noite aproximava-se
de mansinho,trazia com ela uma leve brisa,acordei sentindo ao d'eleve alguém pegando-me na mão
dizendo,vem para dentro a noite está fresca....

por ukymarques:
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quarta-feira, 16 de abril de 2014

Esfuma-se o sorriso:

Esfuma-se o  sorriso do sol, misturando-se
com a leve poalha do entardecer,no esgarçar
do tempo,no descamisar do dia,sinto os meus,
lábios sequiosos dos teus, meu amor ausente
o céu expande-se ao clarão do poente
na imensidão do meu olhar,parado na eternidade
neste silencio entre ti e  eu
diluem-se- me os poros em saudades, do teu corpo
esguio,escoando-se-me pelos dedos
crescem lentos os meus desejos,vagueando pelo meu
corpo, desabrochando flores nos teus beijos
ao balancear dos astros caiem do céu flocos de neve,
tão alva como a tua pele
sonho-te assim flutuante,adivinho os teus passos,calmos,
perto mim
ávidamente busco o teu rosto,nos afagos da minha boca
nos teus lábios rubros de paixão
ó enlouquecida alma solitária,que de mil sonhos me fantasias,
no iludir-me dos sentidos,dessa ardilosa maneira não me deixando
esquecer um amor, do qual me queres prisioneira

por uky marques:
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segunda-feira, 14 de abril de 2014

Minha alma diz que não:

Trago no coração as vontades de te encontrar
para lá daqueles montes,onde o sol se põe
e eu te espero,sentado a beira do riacho, a divagar
invento-te e reinvento-te, nas oscilações do vento
ondulam as as giestas floridas, na minha alma dolorida
misturando as cores,brancas e amarelas,com o rosa matizado
das urzes,no perfume das acácias,na seda dos lirios
pareces-me tu, com os teus vestidos a esvoaçar
meu coração bate bate, ao ver-te a dançar
tão leve e alegre que parecem andorinhas ao passar
levas ao peito uma rosa, que ta dei eu,nos cabelos vão
presos beijos meus, tens um jeito de andar, que é só teu
levas  no coração, o amor que arrancaste do meu
destroçado e sangrar, ainda guarda nele as vontades de
te encontrar
quando o sol parte e tu não vens,fico triste a chorar
meus olhos cascatas de água pura,matam a sede à lua
que vem ter comigo, e me pede para com ela namorar
minha alma diz-lhe que não,porque só a ti pode amar
na brisa que passa ouço um doce murmurar,é voz do
pensamento que me diz que estou a delirar,

pou ukymarques:
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quarta-feira, 9 de abril de 2014

Ó lua:

Ó lua cor opala
que derramas
brancuras 
puras
sobre a bruma
escura
alumiando as almas
solitárias
que se perdem na noite
escura
alumia também as pedras
da minha rua
para que delas o brilho
não fuja
enquanto dormem repousadas
sem que elas sejam
pisadas

por ukymarques.
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O Moinho:

O moinho
mói o grão
e faz pó
que faz pão
move a aguá
a pedra
da mó
amassa o pão
a minha
avó
em pó tenho
eu a minha
alma
que a moeu
quem
me deixou só

por ukymarques:
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sábado, 5 de abril de 2014

Àgora:

 Àgora:

Abro ao mundo as janelas do meu olhar
abertas de par em par
olhando  o vazio,dum tempo que se avizinha
perto
olhando a praça à minha frente agora cheia,
do silêncio ,das coisas mudas,vazias de tudo
tornando mais funda a escuridão,e a noite ,
menos clara, apagando-se o sol, dentro da lua
no coração da terra,no sucumbir da  andorinha
meu coração não se abre,no mitigar do desalento
perdi o segredo da fechadura
vagueia perdido o meu pensamento,como pássaros
sem rumo
ai como a vontade se faz força,que extravasa todas
as fronteiras,abrindo caminho, por entre cardos e espinhos
quando as janelas do olhar, são capazes de se abrirem,
,ao mundo,começaremos a ver, para lá da acrópole
lutaremos com todos os exércitos,aquartelados em nós
pela dignidade,da nossa pátria ultrajada,e bem alto se ouvirá
o grito da pátria libertada


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quinta-feira, 3 de abril de 2014

O Sol:

Cabelos cor de trigo maduro,pele cetinosa
olhos lanternas,alumiando clarões,despertando
auroras na noite escura
pondo traições na goela,dos precipícios
faúlhas calcinantes de labaredas incendiárias
queimando a alma,fazendo derreter a cordilheira
de neve,no coração duro do inverno
penetra nas espessuras escuras,das cavernas
como amante apaixonado,alumiando-lhe as faces
com raios estranhos de fogo,vestindo as montanha
de cor purpura, espraiando-se nelas com luxuria
fazendo-as calar,com os seus beijos cálidos

por ukymarques:
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