quinta-feira, 18 de julho de 2013

Agitadas por um vento feroz
estão as ondas do mar
que sufocam os rochedos
com espuma branca que escorre lasciva
sobe um  sol quente do meio dia
espalha-se numa moleza errante
despida de subtilezas
fico ali prostrada olhando aquele mar
infinito no seu muralhar
nas brancuras tépidas da tarde
olho-me nas transfigurações daquele mar
onde vejo ninfas nuas na transparência
mórbida do anoitecer
nas longínquas  lembranças do meu vaguear
ouço agora o vento num fraco gemido de desalento
e me abandono assim docemente neste doce embalar
no muralhar deste mar

por ukymarques:
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