quarta-feira, 28 de novembro de 2012

visto.me para que me dispas:

Visto-me para que me dispas

visto-me para que me dispas
dispo-me de mim em ti! 
fico nua
a  roupa que trago, tapa-me
a  alma e destapa-me o corpo
rasgas-mas com o teu olhar 
vagueio nua pela tua mente
minhas  vestes de papoila 
vermelha tão delicadas, que 
o vento rasgou
deixando  o seu corpo  nu
 assim me desnudas
perante o teu olhar  vagueio
na inconstância do meu sentir.
Marcada nas minhas cicatrizes
da tua loucura
Visto-me de saudade das tuas
palavras  que me  desnudam
na ausência
Das tuas saídas ou nas entradas
da tua chegada
Visto-me de solidão que quero reter 
em mim,
para que me rasgues as vestes com 
que me vesti
quando entrares em mim!
Por ti espero na minha eterna
solidão
Desnuda-me como o mar desnuda
a praia  rasgando areia 
levando-a com ele para o seu leito
espráia-se nela soltando gemidos
de prazer
em orgasmos de espuma antes do
amanhecer,
quero sentir o meu corpo molhado
com o suor salgado do teu amar!
veste-te de mim em ti
para que fiques assim desnudado
perante mim...

pu uky.marques:
im..google`:
2012:

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