quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Eram áridas as tuas palavras:

Eram áridas as tuas palavras:

eram áridas as tuas palavras
ditas na lonjura do sentimento
parcas eram as estrelas do céu
alumiando o meu destino
que entra sem bater,nem sequer
eu o chamar
sem qualquer parcimónia,me vem 
procurar
ténues raios de sol que vêm morrer 
à tardinha no tombar da noite
 infiltrando-se-me na alma dolorida
um eflúvio dormente,e perfumado
chega até mim
embriagando-me os sentidos  
numa luz crepuscular,vejo a tua silhueta 
esbatida na amplidão etérea, onde já não
chegam até mim as tuas áridas palavras
na lonjura do sentimento,ficando perdidas
para lá do tempo

pu uky.marques:
im..google:2012:

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Sobre um mar de esmeraldas:

sobre um mar de esmeraldas
em safra lapidada entre o céu
e a terra
o pescador labuta,com um misto
de divino e profano
deita as redes às águas límpidas
do oceano
que o chama,de cores celestes
onde as nuvens saciam a sede
num ritual sagrado
puxando a rede no feitiço da cor
ao por do sol ao entardecer
neste mar tão criador na magnitude
da força e do saber
onde as sombras dos fantasmas
não os inquietam nem atormentam
na labuta dos seus braços,na procura
do sustento
 que nas redes trazem tantos peixes
grandes reluzentes ao longo da água
suave e queda
na praia que o acolhe. sobe o céu
iluminado de estrelas

pu..uky.marques:
im..google.
P 2012:

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Veio o outono e os pássaros partiram:

veio o outono os pássaros partiram
não sei onde foram pernoitar
também os rios correm para o mar
e os barcos estão no cais, sem vontade
de navegar

eu chamei o mar mas ele não deu sinais
de me ter ouvido
deixou escapar um gemido longo e surdo
e a sua raiva esvaiu-se nele,embaraçado
começou a chorar

no outono tem o mar tendência para a 
depressão maníaca ou depressiva
fica calado a olhar,fixando os pássaros a
voar
também eu fico de olhos fechados,deitada
na areia a repousar,ouvindo o mar a suspirar 
pu.uky.marques:
im..google:
2012:


sábado, 27 de outubro de 2012

Se eu pudesse reter-te minha memória:

se eu pudesse reter-te intacta
 minha memória,
se eu soubesse como te alimentar
fazer-te crescer,e fortalecer
se eu soubesse, como reter-te
minha memória
tenho medo que comeces a
enfraquecer
e pouco a pouco,te vás afastando
e me vás deixando,tenho medo
de não saber, em que tempo estou
e de quem fui,ou quem sou,acredita
que não quero que te vás embora
não me deixes,minha memória
não te afastes de mim,não me deixes
cair no vácuo,sem vontade,e sem sentir
ai se eu pudesse reter-te intacta minha
memória
im..google:
pu.uky.marques:
2012:

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Chegas-te à minha vida:

chegaste à minha vida
vinda não sei de onde
fresca e suave como
a brisa da manhã
a tua boca era como
as cerejas vermelhas
suculentas,e carnudas
nos olhos trazias a luz
dos astros em noites
deslumbradas de verão
luzindo serenos
,tranquilos
às vezes vulcão
 ardente
pulverizando-me com
 a lava incandescente
de sonhar-te ando
perdido
em devaneios loucos,
 te sonho
beijo-te em silencio
tenho medo que
 acordes
 e saias de mim
onde habito em ti
oscilo entre o desejo
de ti
 e o desespero
de não seres real
deliro meu tão
cheio de ilusão
chegas-te à minha
 vida
fresca e suave como a
 brisa da manhã
depois de uma noite de
 verão

pu uky.marques:
im..google:
2012::






quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Cegam-se vidas:

cegam-se vidas
 na ponta da foice
onde searas não há
somente  mágoas
no chorar das
manhãs
vidas sem cor
cheias de torpor
rostos sem brilho
nos trilhos
do desespero
saboreando o pão
com blor
 no sofrimento de
cada manhã
olhos cansados
de tanto olhar
para o ecra
palavras sem
 nexo
nesta miséria
 adormecida
no torpor de tantas
mentiras
pu uky.marques:
im...google:
2012:

A esperança.

a esperança balouçava
 no ramo frágil da
da vida
no sopro dolente
 do vento
parece que ia  cair
a qualquer momento
foi ao cair da noite
que caiu no meu
 jardim
quando tu disseste
 que não
gostavas de mim
ficou ali prostrada
 na terra orvalhada
na sombra do tempo
como as tuas palavras
 que me  prostraram
 num vazio
 sem esperança
 mas sem lamentos
ainda ouço o sopro
 dolente do vento
onde a esperança
se balouçava,no ramo
frágil da vida

pu uky.marque:
im..google:
2012:


sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Ainda que o sol se esconda:

Ainda que o sol se esconda:

e me deixe sem a sua luz
quero ter a sensibilidade
 da borboleta
que procura na débil luz do
 candeeiro que alumia a noite
 o calor para se aquecer
quero encontrar na minha alma
a vontade de viver
sem o temor de não ver  o sol
brilhar
para lá do horizonte,quero sentir
 os eflúvios emanados do meu ser
que nas margens do meu rio
acalentem a esperança,de que, corre
para o mar,para nele se renovar
ainda que ele galgue o meu corpo
eu vou acreditar,
ainda que o sol se esconda e me
 deixe sem luz
quero renascer com a esperança
renovada,que vou ser amada

ukymarques:
im..google:
2012.



quarta-feira, 10 de outubro de 2012

São pedaços de mim:

são pedaços de mim,
os lugares que percorri
são pedaços do tempo
aqueles que contigo vivi
 e as mãos do tempo
 a buscar-me, na saciada
ãncia  de a ti, me entregar
para que eu te deixe acoitar
no teu frémito de em mim 
renasceres 
o tremor que a minha carne solta
é o grito calado no meu peito
estranho veneno,que bebo dos teus
lábios 
que o ardiloso tempo, me preparou
nas madrugadas escondidas do
 tempo
no tremor que a minha carne solta
e as mãos do tempo a buscar-me
na saciada ãncia de a ti,me entregar

pu..ukymarques:
im google:
2012:

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Quero ter o saber do tempo:

quero ter o saber do tempo
quero ser o saber no tempo
quero que o tempo me dê
 tempo de saber
para caminhar no tempo
com tempo para viver
im..google
pu..uky.marques
2012:


quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Luas de sois tingidas

das margens agora calmas
das marés
nas luas de sois tingidas
são tantas as ninfas
adormecidas
luas de sal,mar enrolado
na areia
onde a vida vagueia
no tempo alegre do vento
no renovar da memória
que o pressuroso  sol queria
luas minhas que me levam
para as margens calmas
das marés
de ninfas adormecidas
no meu corpo luas de sois
 tingidas
no marear das ondas calmas



p uky.marques:
im..google:
2012:

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Como posso saber?

como posso saber eu, se o tempo me quer ver?
não sei se ele me vem visitar!
vou ficar parada a descansar, as minhas ânsias
de no tempo viajar
quis o tempo que eu me fizesse nascer, num dia grande
do julho
que dormia a sesta espreguiçando-se no calor morno da tarde
levantou-se apressado quando o tempo quis que eu me fizesse 
nascer
acarinhou-me demansinho dando-me  todo o seu carinho naquele 
 dia do mês julho
quando ainda tinha o gosto das cerejas maduras na sua boca
beijou-me terno e meigo
aconchegou-me nos seus braços dando-me tempo do seu tempo
para eu me fazer crescer
estou no tempo sem saber se o tempo me quer ver!...

im..google:
p uky.marques
2012: