quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Aportei o meu bote:

aportei ao cais da tristeza
ancorei o meu bote no
ancoradouro da incerteza
vi o meu pais balouçar
nas amarras frágeis, feitas
de nós intrincados,
nos soluços sufocados
na raiva de não puder lutar
contra a prepotência
de quem nos quer aniquilar
andamos quase todos de
 marcha à ré
quase todos ficamos sem ter
onde por o pé
tanto mar tanto azul,que ficou
cinzento
de tanto sofrimento, sem dignidade
 morrem os velhos,porque lhes foi
roubada por uns tecnocratas que lhes
prometem uma morte anunciada
na vez de direitos e da liberdade
conquistada
já não interessa nascer neste cantinho
ajardinado,à beira mar plantado
 são tão salgadas estas lágrimas que o mar
chora! são as lágrimas de um pais destroçado
incapaz de desfazer estes nós, de nós tão
intrincados
quero inventar uma pátria onde eu possa aportar
o meu bote,num ancoradouro de esperança,num
mar azul de verde esmeralda,no balouçar de uma
criança

pu uky.marques:
im...google:
p.2012:


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