movem-se como marionetas num teatro
vazio todos os gestos que faço na noite
de lua cheia, que me alumia com mil lumes
a sombra de mim acompanha-me, mas não
diz nada caminhamos lado a lado como almas
gémeas
assusta-se a sombra com o sopro do vento
que passa apressado ao meu lado
assusto-me eu também com o susto da sombra
o vento cavalheiro apresa-se apanhar o lenço de seda
que me caiu
alto e elegante,reparei que usava lunetas
perguntei-lhe a onde ia,respondeu vou ao teatro
querem vir também? olho em volta de mim não
vi ninguém
a sombra desaparecera do lado escuro da lua
entro no teatro de braço dado com o vento
perfumado de jasmim envolvendo-me numa doce
melodia que canta só para mim
fantasio princesas vestidas de arminho num reino
longínquo vêem-me lembranças doutros azuis céus
límpidos de menina no teatro de marionetas
na minha rua
puxadas por fios transparentes nos sonhos
perdidos dentro de mim
uky.marques:
im..google:3/1/2012:
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