quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Divago por mim mesma:

divago por mim mesma quebrei a taça de cristal
em que bebia
a saudade de sonhar com tanta coisa bela
desço-me toda na busca do que a vida me reserva
mas não encontro nada
do passado faço parte do que já fui
no silencio me aconchego com medo de envelhecer
mergulho na ausência serena da água que deixa de correr
no leito seco do seu nascer
debruço-me na varanda do tempo sem o ver passar
num calor abafado que me faz transpirar, nem uma brisa fresca sopra
 na minha janela, que abro de par em par para ver um pisco no seu chilrear
sinto na boca o sabor adocicado do pecado
sinto o calor do sol  no meu corpo nu que o vento beija renasce em mim
a primavera ressequida no estio onde oscilo entre cá-lidas sinfonias das cigarras
num ócio de volúpia ardente
num jardim de crisântemos onde se aninharam os amores (in)perfeitos nas distancias
de segui-los sobe terraços de recordar  nas vielas do meu pesar em noites de neblina
em leves arabescos escrevo as minhas ânsias num presente de amargura
na noite adormecida no acordar das madrugadas espantadas no brilhar das estrelas
 que guardam as manhãs
vagueio-me percorro-me nada me veda a entrada os meus sentidos são despertos por uma
áurea que esvoaça em tules de mil cores onde estão estampados todos os sonhos que ainda
 hei-de sonhar numa vida multicolor na tela que me falta pintar em ânsias repousadas numa taça de cristal

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p2/2/2012:

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