quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Duvidei de ti meu amor:

como me enganas com as tuas subtis graças,partes sem me dizeres a onde vais,quando chegas vens cheio de encantos,todo sorrisos pareces uma criança,desconfio de tanta alegria,não quero pensar que o tal dia vai chegar, adensam-se as minhas angustias caladas nos meus silêncios, com o medo de te perder
 não queria beber dum trago só, o veneno da traição
até ao dia que chegou a tal carta que eu tanto temia não trazia assinatura foi entregue por mão,nem sei por  quem perguntei mas não tive resposta,atormentava-me a duvida só queria fugir que cruéis dissertações o meu cérebro  magicava, queria sair dali não conseguia um frio gelado percorria-me o corpo,parece que tinha os pés pregados ao chão nos meus ouvidos suavam-me milhares de vozes distorcidas não compreendia nada, via os teus olhos falarem-me em silencio amo-te, mas preciso ir embora não me obrigues a ficar por piedade,preciso de ser livre...eu falava para dentro de mim estás a fugir-me porque? gritava num grito mudo que me morria na garganta,não consegui abrir a carta   tinha tanto medo dumas simples letras que me podiam ferir tanto como punhais cravados no meu peito
esperava-te todas as tardes sentada ao pé da janela que dá para a entrada do jardim, sabia que eras tu que chegavas conhecia o trabalhar rouco do motor do teu carro esperava agitada o teu beijo,sem te dares conta
 farejava-te  para ver  se o teu cheiro era diferente daquele que tinha retido nas minhas narinas isso acalmava-me por breves instantes,mas angustia esmagava-me o peito quando me beijavas delicadamente sem sofreguidão doutros tempos,quando nos conhecemos naquela tarde de fim de verão sentados naquele bar em cascais, estás lembrado com certeza!  tocava aquela musica que passou a ser a nossa musica quando ouvimos aquela voz  romântica  dizer foi em setembro que te conheci nosso olhar cruzou-se foi como uma força magnética  nos atraísse baixamos os olhos ao mesmo tempo mas havia uma força maior que nos atraia e não conseguíamos afastar esses olhares que nos inquietavam,abri a mala puxei da cigarreira e quando estava à procura do isqueiro estavas ao meu lado e disseste-me dás licença que te ascenda o cigarro não disse nada
fiquei a olhar-te com o cigarro entre os lábios,nesse instante soube que te queria apaixonei-me pela elegância dos teus gestos e pela suavidade dos teus dedos que me tocaram ao de leve,tinhas no olhar algo de selvagem e arrebatador que me atraia do qual fiquei prisioneira,sentia tremer-te a mão quando caminhava-mos de mãos dadas ao longo dos nossos passeios,passados tantos anos continuo a esperar-te
sentada todos os dias junto da janela que dá para o jardim, hoje uma brisa suave soprou-me aos ouvidos para que fosse abrir a carta já amarelecida pelo tempo,que fechara naquele baú
ao fundo do corredor que dá para o terraço onde nas noites de verão nos senta-vamos a ouvir o cantar das cigarras nas noites quentes de verão  e apreciar o luar que alumiava o nosso amor, ajoelhei-me diante do baú parecia que o coração me queria saltar para as mãos não tive coragem de ler a  tal carta que não trazia remetente ascendi a lareira com ela e fiquei a vela arder lentamente  dela se desprendiam pequenas faúlhas
eram as minhas angustias e incertezas que se transformavam em cinzas....porque um amor tão grande como o nosso não acaba assim,gosto do teu gesto quando te inclinas sobre mim e me acendes o cigarro com esse teu gesto tão delicado quando me sussurras ao ouvido e o espaço fica mudo. quero-te!!

pu uky.marques:
:im...google :
em 15/2/2012:

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