segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Na ponta da caneta

desencantas uma letra na ponta da caneta do escrivão sorves d!um trago  a multidão, escreves poemas num turbilhão de mãos cheias de compêndios da Solidão, esvazias as algibeiras não deitam um tostão lágrimas escorridas no corrimão cansado dormes no chão,  soltas um grito ao piar da cotovia
na embriaguez das palavras famintas risos de medronhos pairam-te em sonhos
doí-te a miséria apunhalada na garganta ficas débil como uma criança
esboça-se a cidade  no alto da miragem vertigens soltas pertubam-te a nostalgia de seres poeta um dia, numa incerta melodia  ouves o piar da cotovia:
percorres as memórias sem glórias, general derrotado que perde a batalha bala perdida palavras soltas na rua, pairam-te em sonhos  de  medronho aguardente
analgésico destilado silaba que mata a letra na ponta da caneta:


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5/9/2011:
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