segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Tomei-te as mãos:

tomai-te as mãos frias
por um instante pensei
que partiras
mas não podia ser
estava intacto o fio
que a ti me prende
tudo o que sinto
e guardo neste
pequeno cofre
que se chama coração
tudo o que penso
sem que eu queira
se transformou
numa grande eira
onde tudo é nada
debaixo deste vasto céu
que me cobre de estrelas
onde eu sou simplesmente
uma partícula da sua poeira
não existo sem ti
existindo em ti
sou que vida?sem ti!
na inercia do meu ser
não existo senão para te ter
olhei-te!tristes os meus olhos
te viam
recostada na poltrona da da vida!
o meu pensamento desalinhado
faz malabarismos intrincados
num inconsciente onde habito
olhei-te! uma onda de desalento
varreu o meu pensamento
que se agitou  num despertar
vago dum sono indolente
triste mortalmente triste
tomei-te as mãos estavam frias
hora incerta no meu sentir
coração que bate
 num rufar de tambor
a retirar-me de mim
num sonho que doí
enrolando-se em mim
tu és o fio com que o amor
 me prende
simples é o sopro que o quebra
levando-te de mim

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15/8/2011:
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