nas tormentas das ventanias
junto à costa rebentam raivosas
em altas montanhas de espuma
as ondas da minha raiva!
frustração na impotência do meu puder
pequenino ser!
nesta gigantesca maquina desgovernada
que é o egoísmo dum mundo desequilibrado
e desigual na balança desafinada desta sociedade
no amanhecer de uma mãe amargurada que cala a revolta
de ser abandonada pela vida madrasta
prostrada em amargura morre lentamente todos os dias
quando os filhos lhe pedem pão
olha a panela vazia na amarga tristeza tem que lhes dizer não
sente-se estupidamente perdida na dura realidade da vida
outrora tão cheia de ilusões!
olha o ´seu céu está carregado de nuvens pretas, não vislumbra
lá ao longe nenhuma clareira que lhe aclare o seu viver
porque o mundo para ela é de tristeza, viaja na decepção da vida
dos olhos tristes e cansados rolam lágrimas salgadas
num rosto marcado de socalcos pelos duros caminhos da vida chora
porque se sente enjeitada e rejeitada! não há na sua vida um doce navegar só há um triste caminhar:
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