sexta-feira, 29 de julho de 2011

Essência do ser

essência do ser

serei outro ser
ou simplesmente
 serei
foge-me no mistério
da existência

nas escarpas
escorregadias
que tento trepar
 não consigo
lá chegar

no principio era o verbo
depois o filho
que difícil este trilho
que não consigo
 decifrar
 quero acreditar

nas escaladas da serrania
ouço a ventania
que me diz não me perguntes
a mim

segue em frente
 ques váis lá chegar
segue o verbo acreditar
seguido do verbo amar

Pub.Uky.Marques:
29/7/2011:
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quinta-feira, 28 de julho de 2011

Escrevo no vento:

escrevo no vento
um verso ao sol
que me embriaga
 no seu despedir
vai fugindo
 devagarinho

no entardecer
da minha vida
no cantar doce
do mar
que me embala
no seu murmurar
brisa que me beija
o rosto me salpica
 de sal

ó mar doce mar
em ti quero mergulhar
 como no amor
em ti vou navegar
de abraços me prendes
de beijos me cobres

arrepias-me a pele
no teu tocar
tomas-me o corpo
acaricias-me o ventre
penetras-me na alma
rasgas-me as vestes
com que o amor
 me veste

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28/7/2011:
foto Uky::

quarta-feira, 27 de julho de 2011

A morte que os embala:

a terra estremece
alvoraçada
um dardo de sangue
alastra pelo linho
 da noite
a morte está deitada
 sobre o lençol da terra

a noite vai gemendo
baixinho
de olhos humedecidos
prende nos laços das sombras
embriagadoras rosas

a lua baça lá no infinito
despojada das suas vestes
 esplendorosas está triste
bordejam á sua volta
 estrelas cadentes
 triste e cansada
vai morrendo

 em silencio
choram os amantes
num adeus louco
 rasgam as vestes
cobrem-se com
 o lençol da terra
na morte que os
 embala
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28/7/2011:
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Houve um tempo:

Houve um tempo em que houve uma menina! em que acreditava que  tudo era belo
mataram-na antes de viver,pós os  sonhos, numa gaveta guardados, antes de morrer soltou a barcaça no mar das ilusões,nela foram muitas recordações
inadiável viagem para outras vidas,o vento vem vindo de muito longe! sopra a vela nas altas vagas, levando com ele tantas ilusões.
Nuvens brancas de algodão em farrapos  partem-se em estilhaços, lágrimas
que o céu derrama no mar da fantasia,são saudades da menina que partia.

pub.Uky.Marques:
27/7/2011:
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Assim serei:

Assim serei

quando eu quiser
te direi como sei
que tu me queres

tropeças nas palavras
que querias omitir
sem  coragem para
te definires

escondido de ti
 em ti
adivinho-te
no deserto árido
das tuas palavras
atormentado não sabes
o rumo que vais tomar

 mas a roda do destino
to vai ditar
 e eu vou ler um livro
 que ainda vou fazer
 no degrau da porta que
vou abrindo

vou escrever
 mais capitulo
coloquarei o teu nome
em letras ilegíveis
escrevi-o com  tinta
 transparente
 para que tu ao le-lo
não omitas o que sentes

pub.Uky.Marques:
27/7/2011:
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terça-feira, 26 de julho de 2011

Saudade:

visto as palavras
de saudade
sopro-as no vento
 endereço-as a ti

 de lírios roxos
 me vesti
tão grande é a saudade
que trago em mim

partis-te no alvorar
da madrugada
quando os sinos dormiam
oscila-me  o coração
como pêndulo do relógio
porque não sei se me amas

pus-me a ler as cartas
que te escrevi
no fumo da lenha
ateias com fitas de esperança
na madrugada que partiste

ainda guardo na minha mão
os beijos que me destes

não sei se me ouvistes
 nas palavras do vento
sinto a tua ausencia
como as pedras da calçada
que te viram partir no alvorar
da madrugada

guardo os teus beijos
 na minha  mão fechada
para me lembrar
 que sou a tua amada

Pub:Uky.Marques:
267/2011:
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segunda-feira, 25 de julho de 2011

Teu Corpo Nu:

 teu corpo nu

 de tules e sedas
te vestis-te
na dança da noite
em gestos subtis
danças para mim

deslumbrante musa
dos meus sonhos
que me conduzes
ao paraíso mágico
 do amor

subo à tua alcova
onde me esperas
deitada num coxim
puro idilio
branca e delicada
pele

tremo ao tocar -te
desejo louco
que me mata
bebo dos teus lábios
o cálice da luxuria
acaricio-te  os seios
 entumecidos
percorro o teu corpo
faminto de mim

ardente é o meu desejo
encosto o meu corpo
sem roupa ao teu corpo nu
sem o mínimo pudor

mordo-te sem escrúpulos
mos mais íntimos lugares
do teu corpo
numa ânsia louca
de te ter agarro-te com avidez
sôfrego de desejo
incontrolável fundi-mo-nos
 num só
pb.Uky.Marques:
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25/7/2011:

Finalmente uma recta:

muitas curvas ao longo
da estrada
curvas percorridas ao longo
de uma vida

finalmente uma recta lá ao longe
será que é o fim?
 o que sabemos não o sabemos
grande mágoa sentida
 no filosofar de uma cantiga

numa manha de nevoeiro
soltam-se ais de espanto
não se vê nada
tudo é cinzento e nublado
não se sabe por que lado
se hade ir
 e o pensamento pasmado
fica ali parado

o som do vento dormita
 à beira da estrada
os eus ficam sem saber nada
 e contra as vidraças estilhaçadas
da vida
onde o desassossego não para quedo
as esperanças morrem de tédio

murchas as rosas do jardim
deitam-se no chão
desabrochadas  desfolhadas
e pisadas
choram  lágrimas da incerteza
desta grande confusão
neste mundo de tamanha decepção

pub.Uky.Marques: P
25/7/2011:
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Nos arvoredos da solidão:

os arvoredos da solidão. 

nos arvoredos
da solidão 
uns encontram 
o caminho outros
não

triste 
o que pena
sem penas ter
melancólica 
noite
que cobres 
com o teu
manto
quem manto
não tem

abafa
as mágoas
o filho
deserdado
da vida
porque vida 
não tem

faz das pedras
da calçada 
cama que
o acolhe
no seu
regaço

tudo é vácuo
e solidão
pérfida vida
lhe calhou
por sorte

e no vazio
da vida 
amargura
encontrou
e vestido
de trapos

em desolação
estende a mão
a mendigar
um pedaço
de pão...

pub.Uky.Marques:
25/7/2011:
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É azul intensamente salpicado
de luzir
e tem na onda indolente
um suspiro de dormir

mas nem durmo 
eu nem o mar
ambos nós no dia brando
e ele sossega a avançar
e eu não penso
e estou pensando

F.Pessoa:
foto Uky

domingo, 24 de julho de 2011

Amor é lindo mesmo quando mente:

deslizo sobre
um tapete
 de flores
ao som
 de flautas
tocadas
 por faunos
do céu desce
uma nuvem
de borboletas
de mil cores que
vieram colorir os
 meus passos
nesta tarde de estio
junto ao lago
de nenúfares
anda no ar
 uma brisa
perfumada
de nostalgia
que eu sinto
 nesta doce
letargia
onde recordo
com carinho
as palavras
que me dizias
de amor
 encantado
 que tu sentias
como é doce
 recordar
as tuas
 mentiras
agora que
 o silencio
 é um mar
 sem ondas
foi tudo
 uma ilusão
mas o tempo
passou
a doce ilusão
  ficou
amor é uma
 palavra
 sempre linda
 nem que seja
como a
 fogueira
de lindas
 labaredas
que dançam
perigosas
 danças
 que nos
 encandeiam
 assim é o amor
que nos deixa
loucos
 e de ouvidos
 moucos
amor é fogueira
 que arde
 sem se ver
é ferida que doí
 e não se sente
é lindo mesmo
quando mente

pub Uky.Marques:
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24/7/2011:

sábado, 23 de julho de 2011

No galho da árvore:

No galho da árvore da sabedoria
nasciam as pequeninas  letras
 em florzinhas  de macieira brava
na montanha agreste da vida

linda maçã!
 que o Adão comeu
a Eva sedutora! não doutora lha deu
queria ser Deus!
tal supremacia achava que também merecia

Adão passou a mão  pela testa lívida
com olhos  cavos, fitou a Eva e dizia
porque me enganas-te linda sedutora
num gesto brusco queria travar  o percurso
para onde a maçã se dirigia
de flores perfumadas nasceram letras
 marginalizadas
no compêndio da ciência por vezes enganada
exalasse um aroma de  travo agreste
tal e qual como a vida por vezes se veste
assim a sabedoria por vezes deixa de o ser
dançando quadrilhas em quadras desgovernadas
diz-se hoje a sabedoria não vale nada

pub.Uky.Marques
23//7/2011:
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Cantei a tua beleza:

 cantei a tua beleza

fiz-te um poema
declamei-o
à luz da lua
o céu estava
estrelado

era tal
 a calmaria
parecia que
dormias
e eu mirava-me
no teu brilho
prateado

 era tão grande
a magia
desse teu ar
 enfeitiçado
  que eu vi
um cavalo alado

levou-me
 nas suas asas
sobre as tuas
águas

deixei-me
 voar
em desvarios
tais que de
 suspiros e ais
pareciam sonhos
 reais

uma  onda branca
de neve veio
enrolar-me n"areia
~desfez-se a magia
numa manha soalheira
comigo enrolada na"reia

pub.Uky.Marques
23/7/2011:
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sexta-feira, 22 de julho de 2011

De lágrimas me banhas

de lágrimas me
 banhas
na lagoa do amor
sendo borboleta
 voo sem pudor

asas de seda
 frágeis
caricias
da suave
brisa
que me beija

na noite escura
 estendes-me
o manto de luar
linda ternura
neste doce amar

harpas e violinos
ouço tocar
são as fanfarras
do amor
 nos teus braços
 quero acordar

docemente
me tomas-te
em ti naufraguei
suave vento
a tua face beijei

pub 22/7/2011:
 Uky.Marques:
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Responde-me o Mar..

responde-me
o mar
revoltoso
diz
que és dele
...abre-te
os braços
embala-te
no seu colo

rendido
à tua beleza
ninfa
sedutora
esconde-te
ao mundo

todas ninfas
te invejam
delas
és a mais bela

guardião
do teu encanto
no fundo do seu
ser te encerra

povoas os sonhos
de todos os mares
da terra

em lânguido sono
te deitas
onde o mar
faz amor contigo
Pub.uky.marques
22/7/2011:
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Pub Uky.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Desenho n"areia::

desenho n"areia
 a curva do teu corpo
no vazio
silencio do tempo

rosto branco
 suave
inocência
ouço-te
no marulhar das
águas
 deste oceano
que é o meu corpo

 faço-me barco
 para
que em mim
 navegues
nas ondas
 do infinito

sereia almofada
a quem contas
 as mágoas

quando o vento
me sopra a fronte
sinto o teu odor
condensado
 de perfume
inebriador

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pub.Uky:Marques
22/7/2o11:

Tudo é loucura:

tudo é loucura
não sei quem
 amei esta noite
 numa orgia
dos sentidos
tudo me foi
 permitido

se amei a Cesaltina
 ou a prima
foi alguém tenho
a certeza não sei quem

ao acordar o ar
estava carregado
de pervesão
sufoco o sangue
fervilha-me nas veias
não  sei qual das duas
é a feiticeira

 em mim se desdobra
 em delírio a recordação
de estar fechado
numa prisão
ó triste o meu coração


pub.uky.Marques
21/7/2011:
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quarta-feira, 20 de julho de 2011

Grito o teu corpo:

pouco a pouco
vou-te
 percorrendo
grito o teu corpo
nas sôfregas calmas
 das tardes
de um verão quente

no chão de terra batida
onde faço a cama
de sois quentes
desta paixão

entrego-me a ti
como um beijo tímido
ao olhar-te sinto o ventre
a enrolar-se-me

vejo-te como um  adónis grego
és implacavelmente belo

invoco os mares
para que nas suas águas
me deixem refrescar
destes calores
com que me abrasas

grito o teu corpo
antes de adormecer
na sôfrega calmaria
de uma tarde de verão

de sois quentes
onde silencias  os vícios
desta tenebrosa paixão
nestas escaldantes
tardes de verão

num apaixonamento
 de suave loucura!...

pub.uky.marques
2o/7/2011:
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terça-feira, 19 de julho de 2011

Sem pudor:

orgásmica noite
de prazeres ocultos
sentidos nas pontas
 dos dedos

filho gerado 
parido poema
nas linhas com-que
me escrevo
como se tivesse
feito amor

mulher parida
não deixo
 morrer
a minha cria
por asfixia

amamento
 este filho
que quer crescer
solto as palavras
que quero dizer

dispo a poesia
 sem pudor
sem preconceitos
como se tivesse
feito amor

Uky.Marques:
20/7/2011:
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O Silencio da Terra vou Tocar

sentada numa pedra no meio da serra
toco o silencio da terra o silencio de mim
sinto o cheiro a rosas cheiro alecrim
a rosmaninho e  a jasmim 

da terra ventre em mim mar sem fim
estrelas a brilhar pedras a rolar
no meu caminho vou encontrar
construo uma casa para morar

nos meus dedos pedrinhas de contar
sao certezas de vidas nascidas
da terra paridas
sao poemas de amor sao lagrimas de dor

sao caricias trocadas preces rezadas
sao tormentos murmurios de lamentos
sao rosas a  brotar
a alma da terra a sangrar

sao lagrimas de dor da mae que chora
sao gritos de raiva coladas na pedra
 choro da vida
da terra parida no meio da serra<

A borboleta!:

pequenina
 ficou
 a letrinha
 que te escrevi
numa folhinha
 de papel
só para veres
 que não te esqueci

longe voou
 a borboleta
para ta levar
 nas suas
asas
tinha que ser
 leve
para não pesar

havia outros
 meios
de ta  fazer
 chegar
mas eu gosto
 de inovar
nas suas asas
 cloridas
a borboleta
 ta vai levar

 e boas novas
 de mim te dar
espero na volta
 que
 nas suas asas
boas novas de ti
 me traga

pub.Uky.Marques:
19/7/2011:
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A vida está desiludida:

A vida passou por mim! ia desiludida e pensativa
perguntei-lhe o que tinha
respondeu-me estou cansada de estar triste desiludida
vesti-me de desespero,estou angustiada no cinzento do meu dia!
no peito abafo a mágoa,que trago comigo

Só e sem vislumbrar  lá ao longe uma réstia de Sol  na sua vida
sentada num banco do jardim, fita o vazio da vida que a vida lhe dá

Pub Uky.Marques:
19/7/2011:
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domingo, 17 de julho de 2011

Amar-te na forma de Poema

amar-te
 na forma
 de poema
tu és um poema
olho-te e leio-te
mulher poema

rosa que se abre
 ao vento
que me embriagas
com o teu perfume
tuas palavras
 são notas musicadas

soltas no ar
que ouço em noites
luar
teus ais ferem-me
 como punhais

teus olhos
 são estrelas
que me guiam
no escuro da noite
nas ruelas estreitas
do meu  viver

teus lábios
são portas
que eu queria
 abrir

teu corpo lindo
guitarra
que eu queria tocar
colo
onde eu gostava
de descansar

teus cabelos são
cadeados
 que me prendem
aos teus encantos

embriagas-me
 com o teu perfume
 perdi o rumo
abre-me as portas
deixa-me entrar

mulher poema
                                              deixa-me te amar

pub.UKY.Marques.
      17/7/2011
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sexta-feira, 15 de julho de 2011

Toquei os teus cabelos:

com plumas de seda
toquei os teus cabelos
soltaram-se-te as tranças
de ouro fino

de rubis enfeitadas
com laços de esmeraldas
atadas
o luar beijou-te o rosto
que linda estavas

que feitiço me deitas-te
linda feiticeira
sopro os meus beijos
carregados de mel
digo ao vento que tos leve

pousam-te nas mãos
fecha-las bem fechadas
 juntinho ao coração
meus olhos brilham de comoção

deliro já te sinto
 aperto-te de encontro a mim
tão frágil e terna

com orgulho altivo
 sinto-me cativo do teu feitiço
queria  ter audácia do vento
para te levar para longe
do meu pensamento

pub.UKY.Marques
15/7/2011.:
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quinta-feira, 14 de julho de 2011

Quero ser menina não quero crescer:

sono  doce sono que me levas
para tão longe
não sei para onde deixo-me ir
tão suave viagem nem dou por mim
ao acordar recordo com ternura doces
melodias
 tocam cítaras arpas violinos que harmonia
quero sonhar não quero acordar
lindo voar das emoções! quero ser menina
quero balouçar-me sentir o vento na minha face
 fechar os olhos ir ao sabor do vento cantarolando
baixinho com nostalgia
por esses verdes campos! a lua vai passando
deixando o seu brilho quero ouvir os penedos
murmurar baixinho ouvi-los dizer está frio
quero sentir o cheiro dos pinheiros, e a caruma a cair
quero sentir o cheiro dos castanheiros em flor
quero ouvir os ribeiros a correr,água cristalina que lava a alma
e me dá calma
verdes prados erva fresca cheiro bom! seixos brancos flocos de neve
cerejas rubras malmequeres brancos do meu jardim! doce flor cheiro a jasmim
rosmaninho bravo flor do alecrim urzes e todo  mais que há nos montes
e vales! mimosas de flor amarela cheiro agreste que não se esquece!!ó minha terra que saudades sinto em mim! de te percorrer,  no teu ventre me meter
e renascer de tanto bem te querer! quero ser menina não quero crescer...

pub.UKY.Marques:
15/7/2011:

Espero-te ainda:

desacordada no sono dormido
espero-te ainda
porque não se me abranda o ensejo
de te ter ao pé de mim

não vês o meu  tormento
tão grande é o meu desalento

onde está o teu amor
o olhar doce que me cegava
a voz que me desassossegava
achar-me assim tão só
que mágoa guardo em meu peito

desamada estou
 devastada em meu sentir
dor que me queima
saudade que me fere

escondeste de mim
 quando antes te exponhas
 para que eu te encontra-se

 procuro-te nas ondas do mar
onde naufragam as minhas lágrimas
deixo-lá as minhas mágoas
que vais encontrar um dia
da saudade que de mim sentias

pub.UKY.Marques
14/7/2011:
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quarta-feira, 13 de julho de 2011

No Silencio da Noite:

no silencio da noite parecia que o Tejo estava mudo
tão suave e brando na noite escura
que quedo me parecia!  estava triste o Tejo

cansado de escutar tantas tristezas e desamores
tantas lágrimas vertidas em seu leito
em pranto desfeito corria para o mar, para nele suas mágoas
afogar

doce Tejo que nas tuas águas se mira a lua! e te beija com o luar
vai devagarinho, no teu passo miudinho
cantarolando baixinho, doces trovas de embalar
embala o pobrezinho! que nas tuas margens vai pernoitar

embala-me  amim! que me sento juntinho a ti, com vontade de chorar
tão doce e calmo é o teu murmurar
adormeço contigo quero ver o teu acordar
acorda-me pela manhãzinha! vamos os dois passear...quero ver o teu brilhar

pub.Uky.Marques:
14/7/2011:
foto Uky:

Estou cativa :

estou cativa
dos meus desafortunados
amores
choro com mágoa
 os seus dissabores

sempre triste e leda
sofro tão grande dor
pela pela perda
desses desafortunados
amores

desesperada corro louca
 na  viela escura
da minha vida
tempestuosa manhã sem sol
que me escurece o dia

corpo frio na manha gélida
 da minha existência
 como borboleta voltejando
buscando o calor
 com finas asas de seda
de volta da lamparina
 que alumia a minha tristeza

triste borboleta
que as asas queimou
assim também eu
 busco nas estrelas
o brilho que já se esgotou

pub.UKY.Marques:
13/7/2011:
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Antonia aus Tirol 1000 Traeume weit-Tornero-Das Original Top100Chart-tHit

terça-feira, 12 de julho de 2011

Solta as amarras:

solta as amarras que te prendem ao passado
liberta os teus suspiros aprisionados
grita aos quatro ventos
os teus desejos amordaçados
deixa te levar nas loucuras da vida

vive cada momento como se fosse o ultimo
cala o medo sem medo de seres diferente


vive com alegria deixa de lado a nostalgia
solta-te ao vento
viaja para lá do tempo onde mora o incerto
 não tenhas medo deixa dizer que és louca

loucos serão eles talvez porque não sabem
que a vida é só uma

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ima..google:12/7/2011:

Seduziste-me.

seduziste-me porque eu deixei
porque estava frágil
foi no dia em que naufraguei
no silêncio dos  que deixei
´
ó minha saudade sentida
deixa a minha alma perdida
que vagueia por  caminhos
dos meus amores desencontrados

solitários são meus segredos
que degredo o meu
que desterrada  me sinto
da tua presença
neste  oceano  onde navego
e onde sinto a tua ausência

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sábado, 9 de julho de 2011

No orvalho da manhã:

no orvalho da manhã
 colhi as tuas carícias
lágrimas doces
 em pétalas  perfumadas

 de rosas amarelas
que vieram perfumar
 aurora do meu amanhecer

pequeninas gotas dos meus olhos
correram de mansinho

fechei as num frasquinho
 juntamente com as tuas carícias

com elas perfumei os lençóis
da minha cama
onde te  deitas comigo
 sinto-te a meu lado

bebo-te as caricias
 no suave roçar dos teus lábios
sinto os teus dedos deslizando
 nos contornos do meu corpo

calafrios me arrepiam
nesta  lua que me alumia
envolvendo-me nesta  neblina
que me deixa adivinhar o teu rosto

no amanhecer desta  bela aurora
que sinto pelo meu corpo fora


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9/7/2011:
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Pássaro ferido 2

Esperando encontrar aquela mesma verdade com que me  dispo de preconceitos,
 na verdade desfeita da minha verdade. Sublimada por estonteantes deformações de perfeitos
inconstantes,nestes momentos de átomos! deslizantes na molecular  singularidade,do oxigénio
 e o hidrogénio,as minhas asas de vento, estão voando contra os tempos:

Sou pássaro ferido!nas minhas asas  sinto  as grilhetas rasgando-me a carne, de  tão cansado  me  procurar,
neste universo de emoções e contradições... de um átomo de oxigénio e mais outro de hidrogénio,
sinto  que estou marginalizado, por uma linguagem simbólica, dos meus irmãos.
Que voando contra as regras dos átomos,vou na direcção errada do contra tempo nas emoções;velozes do vento
nas minhas danças e contra danças,de decifrar este enigma que me perturba,estou cansado de procurar quero-me encontrar!..
nestas vidas desencontradas deste meu voar! nas altas vagas deste mar
nesta encruzilhada de vidas trocadas na busca de me encontrar
jã não tenho forças para cantar!

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quinta-feira, 7 de julho de 2011

Trocaram um Beijo louco:

trocaram um beijo louco e muito quente
com paixão e muita loucura
despediram-se num apressado do dia
caminhando ao longo da via
apitou o comboio num grito de despedida


 ia leve no vento! a menina cantava sua alegria
era noite e chovia
doce chuva miudinha ternas lembranças
continha do amado desse dia

loucos são os sonhos com ciumes
de queimar
pobre coração no agitar da memória
tristes pensamentos na sua mente via passar


no recordar da estação lindos olhos
viu a espreitar seu amado João
sentia fugir  doce sonho da ilusão
na dor amarga de perder seu amado João

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7/7/2011:
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Aqui me acorrento:

aqui me acorrento sonhando com o momento
 que vais chegar
vestida de esperança  num cavalo alado
avisto-te lá ao fundo d"aquele vale


Linda a esperança que me invade
n"alegria de te ver chegar
mas quanto mais o tempo passa
menos estou acreditar
de que alguma coisa neste
meu país  vai mudar


sonhando me acorrento
soltando um lamento
e cá fico olhando e escutando
tanto murmúrio
tanto desencantamento

bocas famintas rostos tristes
bolsos vazios mãos crispadas
de desassossego tanta mágoa contida
pés descalços na fria realidade da vida

num vago esperar
eu me vou a ti acorrentar
doce esperança num novo acreditar
de o teu cavalo alado ver chegar
para este meu pais  salvar

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terça-feira, 5 de julho de 2011

No andar trôpego do cansaço

no andar trôpego do cansaço
desbravo a pulso este caminho
que me veda a entrada
no lindo sonho que hei-de ter  ainda!


tenho os olhos cansados de tanto te procurar
não te vislumbro na minha caminhada
percorro este vale  das minhas angustias
quando jovem era de alegria
tinha sempre a esperança de conseguir
 chegar onde queria


mas perdi-me no voo cortaram-me as asas
já se passaram muitos sois e muitas luas!
muitos ventos cheios de tormentos
renascem em mim esperanças
antigas

renovadas em ti rapariga! cabelos de oiro espiga
vigorosa a tua vontade
corres livre e solta por esses motes e vales
no meu lindo sonho ainda te vou encontrar!..

nos duros caminhos que vais desbravar!...

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5/7/2011:

A noite já vai alta:

vou para a cama que a noite já vai alta
canta a coruja no laranjal
já se ove o cão ladrar
o canto da coruja o foi acordar

na noite  cansados de estarem apresionados
soltam gritos que se abafaram!
 grilos cigarras mochos corujas
 todos os habitantes
do jardim

num queixume dolorido pedem à noite
que os deixe dormir
que os embale no seu regaço
 até a madrugada vir

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5/7/2011:
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segunda-feira, 4 de julho de 2011

Diz o vento à lua:

diz o vento à lua queres ir passear?
eu ajudo-te andar
 e tu alumias-me o caminho escuro
que tenho de enfrentar

juntaram-se ao mar
onde dois namorados
estavam   sentados n"areia
diziam apaixonados que lindo luar!..

que bom este ventinho
que me sopra devagarinho
levando até ti os meus beijinhos

que lindo este mar cor da prata
em que a lua se banha
despenteada a lua solta os cabelos
que o vento entrança de conchinhas
do mar

e os dois  namorados deitados n"areia
olham enebriados o mar
onde a lua se banha e o vento a penteia:

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4/7/2011:

A brisa da noite...

deixei a porta entreaberta
para que entrasses de mansinho
adormeci!
na doce esperança de te ter ao meu lado

quando ao acordar estendesse a minha mão
sobre a tua almofada e tacteasse o teu rosto
 ouvi-se dos teus lábios em doce murmúrio
dizer amo-te!!


mas a almofada estava fria
não tinha o calor do teu rosto
fiquei perdida de mim!
não quero ver que para ti morri!!


a chama ardente que trazias no teu peito
apagou-se restam as cinzas
ainda mornas, da fogueira que nos aquecia

sou como um mar revolto
na cegueira de te querer
navego   nas ondas deste desejo
mas vejo que em ti não havia amor!

num esquecimento breve de mim
a angustia que enche meu peito
em pranto!
solto lágrimas salgadas deste amar a sós!...

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4/7/2011:

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Deitei as sementes ao vento:

deitei as sementes ao vento
ele espalhou- as pela terra
lavrada
mas não vejo nada! estão
mortas
como as minhas palavras

secaram dentro do meu
peito
não foram germinadas
a terra foi lavrada
mas não fora adubada

também as minhas palavras
secaram dentro do meu peito
beberam das lágrimas salgadas
deste amor desfeito

a  chuva não caiu no meu quintal
a terra secou!
estou em pranto por algo que se
 findou

estou como um nenúfar
que no lago secou
murchando as suas pétalas
por um sonho que acabou.

 e assim a terra não germinou
a seiva que alimentava também
quero a terra regada!

 em campos de verde esperança
quero as minhas palavras faladas
neste poema da minha infância

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em 17/2011: