tanto ralho tanto trovao
um manto de escuridao
desceu sobre a terra
fez-se noite escura
la ao longe ouvem-se
as vozes fortes
quase aterradoras
de uma noite violenta
e agitada estou sentada
de frente a janela
que da para o jardim
esta escuro de repente
a noite ilumina-se
com claroes fortes que rasgam
a escuridao
e entram-me pela casa adentro
e aterrador e belo ao mesmo tempo
banhando-me de uma luz forte e intensa
afasto as cortinas chove torrencialmente
cai forte a chuva no meu telhado
bate contra os vidros com tanta furia
parece que me esta a pedir para a deixar entrar
tem medo dos relampagos e dos trovoes
fustiga-me a porta e as janelas e eu fico assim
parada no escuro colada aos vidros
a ouvir a noite revoltada zangada a ralhar
e tao forte a sua voz
que parece que o mundo vai desabar em cima de mim
tao forte e o seu ralhar
calam-se os tambores a ecoar la nos ceus
faz-se calma a noite
os relampagos apagaram-se
e noite de tao cansada de tanto trovejar
vai-se deitar e adormece embalada pelo luar
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