domingo, 13 de março de 2011

Hoje apetece-me escrever escrever em desatino palavras sem nexo, desconexas sem sentido,desalinhadas, mal sublinhadas, deixa-las, fluir livremente como o sibilar do vento.Por isso talvez! não sei veio-me à memória aquele poema de Augusto Gil chamado a Neve:batem batem levemente como quem chama por mim! será chuva? será gente? gente não é certamente e a chuva não bate assim....é talvez a ventania: mas há pouco há poucochinho nem uma agulha bulia na quieta melancolia dos pinheiros do caminho....quem bate assim levemente, com tão estranha leveza que mal se ouve, mal se sente?...Não é chuva nem é gente é vento com certeza. Poema recitado na primária! olhei uma vez mais através da janela a chuva caia de mansinho devagarinho, encostada aos vidros deixei-me ficar quietinha, a ver a chuva a cair de mansinho e a ouvir a ventania, que na minha janela batia, sonhadora assim me deixem ficar a ouvir o vento que dizia baixinho deixa-me entrar,palavras, desconexadas sem sentido desalinhadas mal sublinhadas mal tratadas atiradas ao vento palavras loucas bailando na encruzilhada desta vida desatinada:

Sem comentários:

Enviar um comentário