segunda-feira, 7 de março de 2011

É a voz silenciosa que grita
dentro de mim
é a rua que percorro
até te encontrar
no escuro dos olhos fechados

encontro o cheiro da tua pele
o ópio dos meus desejos
no meu santuário
coloquei a mesa do amor

para te banqueteares
com o meu corpo
envolto em luxuria
desperto de desejos
morre na ausência de ti

estranho em mim
esta insana vontade
ébria de amor rasgando-se
as sedas da loucura
ébrios anseios lágrimas saudosas
que me abrasam os olhos

raiva ciume, sórdida paixão
envenenada que me rasga a pele
com os seus grilhões
arrasto a minha boca
e o teu corpo  cubro
com os meus beijos mudos

a minha alma de sonhar-te
anda perdida
podem morrer os astros
caírem as estrelas
já não és a razão do meu viver
os meus olhos estão cegos de te ver


as minhas mãos traçam gestos 
de sonhos levados pelo vento
eu não sou mais eu
de mim fugida nos desertos
do meu ser

tornaste-te num fantásma
vejo-te na calada da noite
antes de adormecer:
              

Sem comentários:

Enviar um comentário