quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

: sei que nunca terei o que procuro:

Sei que nunca terei o que procuro.
Mas busco inconsciente no silencio
escuro dentro de mim,
olho à minha volta,sentada
no rochedo deste mar,
longe de mim,em mim existo.

Em noites de lua cheia
inúteis dias que consumo
nesta busca inconsciente
o cheiro a maresia desperta-me
desta letargia.
.
Olho o mar,  está revoltar-se
toda a noite o vento soprou forte,
escuto as braçadas de espuma
devastando os areais,em altas vagas
e o mar de novo a revoltar-se.

Vi depois o mar mudar de rumo,
a raiz dos minerais,e a própria luz
arrastando-se, com dificuldade
ao  ritmo das ondas,as águas
a perderam-se
pelo corpo fora,e penetraram
por fim no coração,um pequeno maremoto,mas busco o o silencio escuro dentro de  
                                                                  mim...

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